Poema: Dia de Finados de Damião Siridó
Dia de paz onde o silêncio inunda,
Lembranças, saudades vêm e afloram
Serenamente e no ar superabunda
O cheiro dos entes idos rememoram.
Sento-me, sinto e ouço no silêncio
Os sinos plangentes. – Por quem dobram?
Plangem dolentes, saudosos e em suplício
Dobram pelos nossos e conosco choram.
Desce em meu ser uma doce calma
Que inunda a alma e faz enlanguescer.
No clangor do sino há uma voz que acalma
Divino som da esperança a aquecer.
Agora sinto, vejo e ouço a presença
Dos que amei e amo cada vez mais,
Me visitam a dizer nas notas suspensas:
– Aqui estamos. Não te deixamos jamais!
Então vai! Plangei sinos, continuai!
Leva na toada dos teus dobres amenos
Meus recados para eles e juntos seremos
A mesma voz, dizendo a prece ao grande Pai.
Poeta: Damião Silva ( DamiãoSiridó)
Que poema incrível, Damião!
Obrigado, meu caro!
Que bom que você gostou!